O gabinete de curiosidades tem sua razão de ser exatamente porque desperta esse instinto curioso das pessoas. Para Anderson Nielsen, que sempre foi muito ligado à Natureza e também às artes, isso não seria diferente.
Desde criança e mesmo antes de conhecer o conceito dos gabinetes, ele colecionava objetos curiosos e diferentes, como ossos de animais, conchas, insetos e outros achados. Algo que seria pouco interessante para a maioria, mas que para o fotógrafo faz total sentido desde sempre.
Ao tomar conhecimento sobre os gabinetes passou a estudar a história e o conceito dos mesmos e, de certa forma, sente-se conectado ao conhecimento que eles são capazes de transmitir e ao fascínio que exercem sobre o imaginário humano.
Sua paixão pelo que é diferente e exótico sempre foi latente. Algo que se vê claramente refletido em sua vida profissional e artística. E juntamente com isso, sua vivência em diferentes países e sua proximidade com a natureza ajudaram a formar e a inspirar essa sua identidade.
Nos gabinetes de curiosidades, os objetos buscados de países distantes e desconhecidos eram muito valorizados. Anderson fez um caminho semelhante, buscando exemplares para seu mini gabinete em todos os países em que teve e tem a oportunidade de visitar.
Em sua coleção particular há objetos reunidos ao longo dos cinco anos em que viveu na África, bem como itens vindos de sua curta passagem pelos Estados Unidos; sua longa estadia na Europa também acrescentou interessantes objetos à coleção da qual se orgulha tanto.
Anderson vive cercado por esses objetos no seu dia a dia. Tanto em sua casa no Brasil quanto em Lisboa, eles estão sempre expostos e formam uma espécie de cenário diário para o artista, oferecendo uma constante sensação de companhia e de pertencimento e trazendo inspiração ao artista inquieto que ele é.
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